segunda-feira, 8 de julho de 2013

Captação a partir do negócio cultural

“Você pode contar com a ajuda de alguém para realizar uma captação de recursos específica, ou mesmo ter uma pessoa ou equipe que o auxilie na parte burocrática do trabalho, mas eu não acredito em alguém que assuma aquilo que é o principal papel de um agente cultural. Acho engraçado aqui no Brasil a vergonha que as pessoas têm em vender. Eu aprendi que dirigir uma empresa é vender. Em um empreendimento cultural não é diferente, do artista ao produtor, todo mundo tem que participar. Em qualquer segmento da economia, ninguém terceiriza seu departamento comercial. Quer captar recursos? Aprenda a fazê-lo você mesmo. Não é fácil, mas é menos complicado do que parece.”

A afirmação é de Gui Afif, professor do módulo de Negociação da Jornada Captação de Recursos, parte da Jornada de Férias assinada pelo Cultura e Mercado no Cemec, em São Paulo. O curso acontece de 22 a 25 de julho e apresenta uma abordagem sobre o financiamento de projetos a partir do negócio cultural e auxilia o participante a organizar fontes de financiamento, carteira de clientes, argumentação de venda, além de estruturar a comunicação, o projeto comercial e a negociação com clientes e patrocinadores.

Afif vai ensinar técnicas de negociação a partir de cases de sucesso, auxiliando o aluno a desenvolvar argumentos e técnicas para aumentar sua capacidade de comercialização.

“Como a lógica da competição, da guerra e da concorrência, a estratégia não se aplica ao mercado cultural. Essa palavra soa de maneira muito estranha e incômoda aos nossos ouvidos. Mas isso não significa que devamos abandonar a estratégia. Precisamos chegar a um termo de equilíbrio entre as técnicas de mercado, adaptando-as à lógica dos empreendimentos culturais, de trabalho colaborativo, em rede e de forma espiralar”, explica Leonardo Brant, coordenador do curso e professor do módulo sobre pensamento estratégico, desenvolvimento e modulação de negócios.

Piatã Kignel, do Santander, vai falar sobre o mercado de patrocínio sob o ponto de vista do patrocinador. “É necessário entender que para as empresas o patrocínio nada mais é do que mais uma ferramenta de negócios, diferenciada de outras, especialmente no caso cultural, pela sua capacidade de gerar experiência com os (e não somente transmissão dos) valores de sua marca. Dessa forma, quando um contrato de patrocínio é feito, é importante que o patrocinado entenda quais são as obrigações que tem perante o patrocinador e quais suas expectativas e necessidades, para que o patrocínio apresente resultados que ajudarão na sua renovação ou na conquista de outros apoios.”

Segundo ele, para entender o patrocinador é necessário conhecer melhor sobre seus negócios, seus desafios, suas oportunidades, quais seus públicos de interesse de relacionamento e, assim, como a ação patrocinada poderá compor com as suas estratégias.

Completa a programação do curso um módulo sobre cenário e evolução do mercado cultural – oportunidades de negócios para captadores de recursos, gestores e empreendedores criativos.

As inscrições para a Jornada Captação de Recursos podem ser feitas com desconto até o dia 7 de julho. Mais informações no site www.redecemec.com.

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