quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Do Fundo do Meu Coração...

Ouvindo a interpretação da Adriana Calcanhoto cantando "Do Fundo do Meu Coração", música que foi sucesso cantada na voz de Roberto Carlos, composição (Erasmo Carlos/ Roberto Carlos), me emocionei bastante e diversas vezes imaginei dizendo-a nas seguintes frases:



Toda vez que te via chegar, me fazia sorrir
Eu estúpido provei do doce amargo, quando te deixei
E por causa do meu orgulho, deixei de sorrir novamente
E foi assim que tratei nosso amor.


Como se não bastasse o que me fiz
Pensei que com você eu fosse ficar
E mais uma vez eu disse que não
E você nunca mais voltou pra mim.


E depois de toda a minha solidão
No mais profundo do meu coração
Tenho medo que você me diga
Não volte nunca mais pra mim.


E sem que você me pergunte eu te digo
que tudo aqui ainda é seu
Todo o meu amor
Vou lhe dizer que sim.


Acabe com essa droga de uma vez
e apenas volte para mim.
                  (Davi Castro)





terça-feira, 23 de agosto de 2011

Uma das melhores resenhas de Tia Rafaela que já li.

Agradeço ao Glauber, pela belíssima resenha escrita no blog Skoob, somente hoje tive a oportunidade de ler.
Agradeço todos os comentários e aproveito a oportunidade para pedir a força e o apoio de todos os leitores na divulgação do livro Tia Rafaela. Se não encontrar o livro em sua cidade, faça sua reclamação em forma de comentário. Encaminharei para a editora Pandabooks.

Abaixo a resenha citada acima:

Livro interessantíssimo. O fato do caso ser real o torna muito mais interessante para qualquer análise. Não obstante, o caso em si é instigante, já que se trata de uma exceção ao que estamos acostumados a ver viabilizado na mídia convencional. Gostaria de citar alguns pontos que me chamaram mais a atenção e, claro, falar dos pontos fracos da obra. A impressão que tive é que esse livro é um tipo de "bildungsroman" (estilo de romance em que o desenvolvimento psicológico, social etc., do protagonista é exposto de forma simplificada de sua infância até a idade adulta). Esse foi um dos motivos pelos quais ele me lembrou muito o livro "House on Mango Street" (recomendo!), assim como pelo seu formato, composto por pequenos recortes da história, que, ao serem colocados juntos, conseguem narrar uma história muito mais complexa. Também me pareceu muito interessante a forma como foi narrada a história. O autor, também personagem principal, conseguiu fazê-lo de forma que causasse no leitor sentimentos entre o asco/repulsa e a excitação. Ao ler, a impressão que temos é que lemos um conto erótico e, por vezes, esquecemo-nos de que se trata uma criança de onze anos (até porque o autor já é um adulto ao narrar a história). Uma leitura fácil, rápida, que nos envolve e que nos faz querer cada vez mais. A próximidade do leitor com o autor fica clara. Essa aproximação com a realidade é outro facilitador da leitura. Quanto ao aspecto psicológico do personagem principal, sua ligação com tia Rafaela e a dificuldade de separação da mesma, quase que como se ele tivesse obrigação de ficar com a mesma, seja por respeito/admiração, ou por gratidão, muito me remeteu à síndrome de Estocolmo, uma vez que o 'prisioneiro' sente-se protegido e dependente daquele que o aprisiona. Claro, não podemos deixar de citar Freud e o complexo de édipo, pois o que nos parece doentio e repulsivo, já foi dito ser aspecto de todo ser humano, uma nutrição de um desejo sexual derivante de um sentimento maternal, que o personagem expõe não só por tia Rafaela, mas por outras relações de parentesco (para com seu padrasto e por sua pseudo-irmã). Ou seja, seu desenvolvimento hormonal, sua fase de descoberta do corpo e do desejo sexual, não conseguia ser ligada a outr@s que não as pessoas de maior proximidade - familiares. O final me pareceu surpreendete e muito me agradou o fato de que história não tenha ficado no senso comum, mas tenha quebrado as barreiras dos padrões de gênero e sexualidade, levando-nos a questionar o tipo de normatividade que nos é imposta e que, na maioria das vezes, nem nos damos conta. Analisamos, assim, até onde vai a nossa transgressão à regra, até que ponto somos, de fato, livres de preconceito, quais são nossos tabus, como e porque nossas atitudes e convicções afetam direta ou indiretamente a vida de outrem. De certo, aqueles que têm filhos vão se questionar quanto ao posicionamento diante de certos assuntos para com seus filhos. De que maneira abordar assuntos concernentes ao âmbito sexual com crianças e adolescentes. O quão permissivos ou opressores deve-se ser. São questões que afligem a todos e que pouco são discutidas. A única crítica que teria a fazer seria quanto ao uso do registro em certas partes do discurso direto. Pareceu-me estranho que, nas falas, uma criança de onze anos tivesse tanta precisão e certidão quanto ao uso de estruturas gramaticais mais complexas e regências nominais e verbais que não utilizamos em nosso dia-a-dia. Para concluir, creio que devemos agradecer à coragem e audácia do autor, que abriu sua vida ao público como quem abre seu diário a um amigo próximo, certamente não apenas para se ajudar, como também para alertar aqueles que podem estar passando por situação semelhante. Esse é um romance que, SIM, deve ser recomendado. Qualquer livro que nos faça refletir quanto a questões éticas, morais e sociais deve ser recomendado. Só assim criaremos um ambiente mais livre para debates sobre assuntos importantes. Só assim poderemos previnir que casos do tipo continuem acontecendo.                                                         

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Os Ipês voltaram a florir...

"Na cama, Rafaela me provocava e me atiçava de todas as maneiras. Ela estava sedenta, queria muito ser possuída por mim como nos velhos tempos. Eu só pensava no Cris. A mulher que amei durante anos já não me atraia mais. Quando ela se levantou para trabalhar, enrolei um pouco mais no quarto. Tomei banho sossegado e liguei o rádio para ouvir música. Fazia tempo não ouvia nada que não fosse louvor religioso. Coloquei uma roupa mais bonita, passei gel no cabelo e fui ao trabalho. Pela primeira vez, reparei nos ipês da Praça da Liberdade, no reflexo do sol no Palácio do Governo, nas curvas do Niemeyer...No trabalho, até Márcio notou que eu estava diferente, mais animado, mais leve. Cris me esperava novamente na saída. -Estou feliz com você, Davi. Está se dando uma oportunidade de reencontrar a alegria. Estava mesmo. Sem medo do que as pessoas podiam pensar de mim, começava a ser eu mesmo. Compramos sanduíches e refrigerantes e fomos conversar, sentados na grama perto da fonte da Praça da Liberdade". Trecho do livro (Tia Rafaela) editora Pandabooks

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A música que me emocionou na noite passada



Eu gosto do claro quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você diz não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo o que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que te leve para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby, com você já, já
Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que eu não esperava
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem datas
Chega mais cedo amor
Eu finjo que eu não esperava
Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby com você chegando já
                      (Helena Elis)
  

domingo, 14 de agosto de 2011

Para o meu Filho


Vamos falar desse jogo da vida?... Como dizia a canção Pai de Fábio Jr.
Já não sou mais aquela criança, longos anos em busca de paz.
Pode crer eu vou bem, eu vou indo...
Só não quero e nem vou ficar mudo pra falar de amor pra você.
Lembro como se ainda estivéssemos ontem gangorrando nesta rede, você recostado no meu peito onde se sentia seguro e adorava dormir.
Meu pequeno, você foi minha companhia, brincamos juntos e até dividimos o mesmo carrinho, o mesmo vídeo game e compartilhamos os mesmos abraços.
Quantas vezes te carreguei em meus pequenos braços e te fiz dormir sobre o som do meu coração, quantas vezes cheguei do trabalho e lá estava você a minha espera para brincarmos de monstro com o cobertor sobre meu corpo...
e quantas vezes você com medo corria para os meus abraços...
e quantas vezes eu com medo, corria com você em meus braços para um hospital mais próximo quando você tinha uma crise de bronquite.
Aos meus treze anos, você já me ensinava a ser pai .
Hoje um mês de completar meus vinte e nove anos, quero reaprender a ser pai.
Não tive tempo nem maturidade para aprender.
São quase oito anos de distância, são oito anos para serem resgatados. 
O tempo não volta atrás, mas ele pode ser diferente daqui para frente.
Como esta gangorra que balança de lá... pra cá, assim é a vida.
Eu balanço de cá e você balança de lá...que tal? 
Ou podemos balançar juntos.
Já tive meus quinze anos e um dia você terá seus vinte e nove.
Um dia teremos nosso tempo.
Hoje é dia 14/08/2011, apenas uma data do calendário. 
Mas se tornou um dia especial e você sabe porque.
Basta saber que você existe e está sempre presente.
Mesmo que seja do seu jeito, apenas do seu jeito. Eu te entendo.
E só para que você não se esqueça ainda sou o Super Pai que você escrevia nos bilhetinhos.   

Te amo! E feliz dia do Filho, porque você me fez ser um feliz Pai no dia de hoje.

Divulgação do Livro "Tia Rafela" na FNAC


Quero agradecer o enorme carinho que a FNAC teve comigo desde o primeiro contato para o lançamento do livro Tia Rafaela na FNAC BH Shopping. Em especial a Luíza Leite, sempre muito simpática.
Ontem fui até a loja e não pude deixar de registrar a foto que encontrei logo na entrada:

terça-feira, 9 de agosto de 2011


Passei pelo meu Deserto, descansei sobre a Palmeira que encontrei, bebi da água de um Manancial que tanto busquei. Quando caminhei no meu Deserto me encontrei seco, me deixei ser levado pelo vento para diversos pontos geográficos. Me espalhei pelos altos e baixos. Minhas pernas perderam a estabilidade, mas sobrevivi aquilo que mais temia. Encarar-me, me dizer algumas verdades e me lembrar que a felicidade também me pertencia. 
Sozinho caminhei até o encontro de uma Palmeira. Achei ter encontrado o que tanto buscava, mas depois descobri que era apenas um descanso porque minha caminhada estava só começando. Passei um bom tempo aos pés daquela sombra, afinal não sabia quando iria encontrar outro lugar como aquele para descansar. Me senti calmo e até achei que ali poderia acampar, que ali seria o fim de minha caminhada. Mas o vazio ainda permanecia e percebi que a caminhada não poderia ter fim ali. Era preciso ir atrás da minha transformação e mesmo sozinho precisava seguir em frente. 
Antes mesmo do sol apontar seus primeiros raios segui meu caminho e reparei que minha bagagem se tornara mais leve. Caminhei boa parte lembrando sempre das coisas que deixava para trás, das palavras de conforto que ouvia vindo de algum lugar,mas não sabia d'onde e da imensa necessidade de entender o que estava me acontecendo. 
E perguntei ao Tempo, quanto tempo faltava?
E o Tempo levou um bom tempo para me responder.
Lembrando do quanto já havia caminhado e pensando no quanto ainda teria de caminhar, me perguntava se ainda teria força para chegar.
Foi quando me deparei com um Manancial. E aí meus olhos marejaram e uma lágrima escorreu do meu olho direito, o coração batia forte enquanto corria desesperadamente em direção daquela água e quando cheguei em frente a ela parei e pela primeira vez esbocei um sorriso... e fechei meus olhos. 
Esta foi a resposta do Tempo.
Não importa o tempo que se leva, mas como se leva o tempo. 
O tempo todo, o Tempo me mostrou que eu estava sem tempo. Só se entende o Tempo quando se está com tempo para entende-lo. É tempo de ter tempo, de parar, respirar e dar tempo ao tempo.
Estou em Chamas disse ao meu tempo...

domingo, 7 de agosto de 2011


O que você faz soa tão alto que o que você fala ninguém te escuta. (Ralph Waldo Emerson)

Depois que passei pelo deserto seco e árduo, enfim chequei ao manancial, agora posso começar a me refrescar. Sinto minha alma mais leve, começo a me hidratar depois de muito caminhar. Para quem tem acompanhando esta transformação de perto, sabe o que estou falando e digo que não é fácil. Mas estou muito feliz com o resultado. Quero mais, muito mais! Agora vou em busca do fogo...

Encontrando o caminho do meu deserto


Na sombra desta palmeira, descansarei minha mente, recarregarei minha energia porque estou em busca de um manancial. Procuro água potável na qual possa refrescar minha alma. Nunca passei por esta experiência antes em toda minha vida. É doloroso, corro o risco, pois sei que as ferroadas doem. Podendo até ser fatal. Mas o que fazer quando se sabe o final desta história. Afinal sonhar é minha maior virtude. Por isso continuo em busca da saída. Daqui sinto cheiro de água...

Caminhada pelo meu deserto


Estive no deserto e provei o sabor de mim mesmo. Estive comigo e ningém mais. Com o calor do sol aqueci meu coração que se encontrava frio e da areia fiz meu abrigo para me proteger. Andei sem rumo, pelos altos e baixos daquele lugar. Agora começo a avistar algo e já não me sinto mais só...


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Leila Ferreira entrevista Davi Castro na FNAC

Ontem tive o prazer de ser entrevistado pela minha querida amiga Leila Ferreira, na livraria FNAC do BH Shopping. Respondi diversas perguntas sobre meu livro "Tia Rafaela". E posso dizer que a noite de ontem entrou para a seleção de minhas melhores noites.
Quero agradecer o imenso carinho da Leila Ferreira por mim. E dizer que fiquei muito feliz com a presença de todos que estiveram lá.
Algumas fotos do evento: